PANELAS E A CORRUPÇÃO MORAL
A palavra mais falada quando alguém se refere a imoralidade política é sem dúvida: corrupção. Como o próprio termo sugere, corromper algo ...

https://www.panelaspernambuco.com/2020/01/panelas-e-corrupcao-moral.html

A
problemática nasce justamente quando pensamos em pequenos desastres
causados por nós mesmos na vida cotidiana. As pequenas
permissividades, os pequenos erros, as pequenas
mentiras, vão corrompendo
o ser humano. A corrupção moral é o pior tipo de vício que pode
ocorrer
numa sociedade. O problema
moral foi explorado por muitos
pensadores ao longo da história da humanidade como Sócrates (469 –
399), Aristóteles (384 – 322), Kant (1724 – 1804), Espinoza
(1632 – 1677), Voltaire
(1694 – 1778) e tantos
outros.
Quando
nascemos o mundo já está com milhares de anos de existência,
pegamos o “barco da vida” em
plena navegação. Pegamos o “carro da existência” em pleno
funcionamento e sem direito a paradas. O menos errado é que
busquemos o máximo possível de conhecimento para conhecermos e
entendermos um pouco do nosso passado como humanidade pois,
basicamente, tudo é uma repetição de algo que já foi discutido
por pessoas muito mais evoluídas e inteligentes que a maioria dos
que vivem hoje. Problemas como “opinião”, “política”,
“partidos”, “oratória”, “gravidade”, “bem e mal”,
“bonito e feio”, deísmo ou ateísmo” etc., tudo isso foi
discutido a exaustão e as discussões da atualidade não passam de
pequenas notas de rodapés de Platão, Aristóteles etc. E o que isso
tem a ver com Panelas?
Panelas
vive numa bolha de ignorância. Os intelectuais são covardes
(maioria),
os inteligentes despreocupados, a maioria do povo em quase que
absoluta ignorância e os interesseiros e ignorantes no poder. A nata
da representação dos professores, engenheiros, advogados,
estudantes é Décio, Zé Júlio, Denival do loteamento, Joelmo,
Joelma
e um Coroné. Mesmo quando a discussão é sobre algo que está
escrito: como a Constituição, a Lei 13.022/2014 (Estatuto
das Guardas Municipais),
Acórdãos etc., não se
consegue ter um debate sério. Se foi dito que Guarda Legal não pode
prender, não pode andar armada, não é boa para sociedade e o que é
melhor é a ilegalidade, não importa se a lei está dizendo que
Guardas podem prender, podem andar armados, e a lei traz uma série
de benefícios, o que vale é o que foi dito e não o que pode ser
lido em documentos oficiais. A pobreza do debate é entristecedora.
O
pior não é saber que a maioria dos interlocutores do debate
político sequer se dá
ao trabalho de estudar o básico. A pior parte é saber que a maioria
conhece a verdade, porém, a
nega com veemência quando a verdade não corresponde aos seus
anseios políticos. Repetem a mentira e a reiteram em qualquer
oportunidade, pois é isso o que o “sistema” precisa que eles
digam. É preciso ganhar com a repetição, quebrar a verdade,
apodrecer o debate, corroer a democracia; corromper. A banda mais
podre na realidade é que não tem como partir para distorção dos
fatos sem se corromper e é aí que nasce o problema.
Como
sociedade só temos a perder, pois cada cidadão que cala diante da
mentira, cada cidadão que se compromete com a mentira ou deixa de
dizer a verdade é parte importante na criação do inconsciente
coletivo. A musculatura moral da sociedade é construída a partir do
que vivemos, vemos, falamos ou calamos. Fatores que vão desde o
afunilamento da Espiral do Silêncio até os debates escolares mais
científicos.
Um
exemplo claro da corrupção moral ocorreu recentemente na própria
administração pública quando se descobriu que haviam
muitos parentes da prefeita trabalhando na prefeitura, não houve um
pedido de desculpas, nem uma demissão silenciosa (envergonhada) da
parte dos representantes, tentaram argumentar sobre a data das
contratações, quem contratou quem, quando, onde, em vez de
aproveitar a oportunidade para se fazer uma autocrítica ou, pelo
menos, uma análise comportamental fundada na
ética.
Não
se sente vergonha de ter tido uma guarda ilegal, nem de não querer
uma legal, nem de contratar parentes de políticos, nem de manter um
ex-prefeito como secretário para continuar mandando, nem de uma
prefeita não ser prefeita, nem de ser obrigado a fazer concurso
público, nem de atrasar o mesmo concurso, nem da incompetência, nem
da falta de médicos, nem da falta de emprego, nem da completa
incapacidade de gestão, da tentativa de manipulação, do descaso,
da falta d'água, simplesmente não se debate para se chegar a
verdade, apenas para provar que está certo e se não puder provar
isso que se invente mentira, distorce,
para que, sem argumentos, tentar desmoralizar o interlocutor.
O
maior problema panelense hoje não é tanto o intelectual, nem o
político; é um problema moral. Dentre todas as corrupções
possíveis, alguns escolheram corromper a própria consciência e
acreditando em todas as mentiras contatas por si próprios, muitos
sergianistas perderam até mesmo a capacidade de serem
hipócritas. São servidores
fiéis das mentiras que contaram para eles mesmos.
Coluna Política // Por Pierre Logan
Advogado, Bacharel em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas. Formado em Filosofia, é licenciado pela Universidade Cruzeiro do Sul, Pós-graduando em Direito Processual Civil pela Escola Paulista de Direito. Filósofo. Membro do Seminário de Filosofia de Olavo de Carvalho, da comissão de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil e Jovem Advocacia de São Paulo.
Coluna Política // Por Pierre Logan
Advogado, Bacharel em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas. Formado em Filosofia, é licenciado pela Universidade Cruzeiro do Sul, Pós-graduando em Direito Processual Civil pela Escola Paulista de Direito. Filósofo. Membro do Seminário de Filosofia de Olavo de Carvalho, da comissão de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil e Jovem Advocacia de São Paulo.
Contato:
movimentoculturaloficial@gmail.com
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