SÉRGIO MIRANDA – UM POLÍTICO EM DECADÊNCIA
Abraham Lincoln (1809 – 1865), o mesmo político americano que escreveu que a democracia é um governo “do povo, pelo povo e para o povo”...

https://www.panelaspernambuco.com/2019/12/sergio-miranda-um-politico-em-decadencia.html
Abraham Lincoln (1809 – 1865), o
mesmo político americano que escreveu que a democracia é um governo
“do povo, pelo povo e para o povo”, foi também o criador da
célebre e feliz passagem que diz: “pode-se enganar a todos por
algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se
pode enganar todos todo o tempo. Talvez ele tenha dito isso sabendo
que a maioria dos governos despóticos tem uma média de vinte anos
de duração, talvez tenha dito isso quando viu o jogo dentro da
house of cards de sua época;
o fato é que acertou em cheio. O declínio e a derrocada inevitável
do ex-prefeito do município de Panelas na
política do município
apresentam-se como mais um exemplo do fim de um governo despótico.
O
fato de elegermos alguém por
meio do voto não quer dizer que esse alguém governe
democraticamente. Significa apenas que ele foi eleito de maneira
democrática. Qualquer político pode ser eleito através do voto
popular e governar de maneira autoritária e irresponsável. Isso
ocorreu com o nosso município em meados da década de 90.
Em
1996 elegemos o senhor Sérgio Miranda, que assumiu a prefeitura de
Panelas em 1997. Iniciando seu governo no embalo do crescimento
econômico com o empurrão dado pela criação do plano real em 1994,
sua gestão começou com força total e a cidade se viu bem
administrada naqueles primeiros quatro anos de governo. Por
desconhecimento ou esperteza, o então prefeito nunca falou sobre a
sorte que deu em pegar uma economia organizada (ou se organizando),
pelo contrário, sempre se referiu ao governo de Demócrito (1989
–1992) ou de Sizino Moura (1993 – 1996) como sendo ruins ou
irresponsáveis. Não
contextualizando os fatos, Sérgio Miranda, com seu discurso
absolutamente anacrônico, até um dia desses utilizou a mesma
falácia para dizer que esses governos não pagavam em dia.
Em
2001 o ex-prefeito foi reeleito graças ao sucesso de sua primeira
gestão e uma equipe de ponta e
ficaria no poder até 2004, seria denunciado pelo Ministério Público
Federal, respondendo no Tribunal Regional Federal da 5.ª Região
(TRF5) em uma ação penal por aquisição de bens sem concorrência
ou coleta de preços, crime previsto no artigo 1°, inciso XI,
decreto-lei n° 201/67. O crime teria ocorrido por aplicações
irregulares de recursos federais do Ministério do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome. O
fato é que o povo ainda via ele com os olhos do primeiro governo.
O
tempo passou e nada de novo foi criado debaixo do sol. Quem ele
apontou como candidato venceu, quando ele se apontou venceu, mas o
povo começou a cansar depois de reparar que havia algo podre nas
águas da mesmice e do repeteco do discurso político. Alguns ficam
mais sábios enquanto envelhecem, outros ficam prepotentes e no afã
de estarem
sempre no poder e poder para
mandar em tudo surtam
na primeira oportunidade.
O
primeiro surto haveria de ser o primeiro
sinal de decadência. No meio
de várias boas opções para
indicação para eleição de 2016, o então prefeito indicou Joelma
Duarte, alguém sem nenhum preparo para administrar o que quer que
fosse. Ignorando Ruben Lima, Ivan Nogueira, todos os vereadores e
qualquer político da cidade,
sua opção foi pela pessoa mais subserviente. A ideia seria,
claramente, continuar mandando. Joelma
Duarte não teria condições, como até hoje não tem, nem de
administrar suas próprias palavras.
Daí
para frente foi um show de horrores. O ex-prefeito, traiu
seu partido, dizia acabar com
a Guarda municipal (que já era ilegal desde o seu governo) se seu
candidato não ganhasse; que a oposição era composta por pessoas
que pareciam hienas (comiam merda, faziam sexo semestralmente e
viviam rindo); que tentou levar empresas para Panelas, mas o povo era
incapacitado; que professores eram incautos etc. Um absurdo atrás do
outro. Além de bobagens como não fazer concurso para Guarda
Municipal para poder acabar com a guarda e não ter que manter
agentes a vida toda; anular um concurso público porque cobrou muita
constituição e piorando... Boatos espalhados pela cidade de que
gritos e humilhações do
secretariado eram constantes,
escândalos de nepotismo, recomendações de rejeição de contas e,
finalmente, sua última conta rejeitada pela Câmara de Vereadores
(algo inédito em tantos anos).
A
polícia Federal investiga o desvio de dinheiro de mais de 100
milhões de várias prefeituras do Agreste, dentre elas Panelas.
Desvio de dinheiro público investigado pela polícia civil, derrota
no caso do concurso na segunda instância, uma derrota e um escândalo
depois de outra derrota e outro escândalo.
Depois
disso o vereador presidente da Câmara foi afastado do “grupo
político”, o vice-prefeito rompeu com o time sergianista,
vereadores também pularam fora do barco, secretários saindo,
funcionários com medo, descrédito imenso de boa parte da população
do município e um clima de vergonha quase que total. O
Tal grupo político começou a se desmanchar.
O
Ministério Público processou
o ex-prefeito por falta de transparência e as idas na rádio da
nossa querida cidade vizinha, Cupira, são apenas para passar
vergonha e anunciar mais centralização de poder e mais gastos
para máquina pública.
Hoje
temos um município que recebe quase 80 milhões em receitas somente
em 2019 e é chamado de carente. Uma cidade que já se chamou Olho
D’água vivendo recorrentes secas, turismo zero, saúde
um caos, empregabilidade
baixa, desenvolvimento inexistente e a cultura nem se fala. O Brasil
anunciou recentemente uma guinada na economia, voltamos aos anos 90
de uma maneira inversa. Estamos vendo um país melhorando aos poucos
na sua economia e uma cidade ficando cada vez mais pequena. Um
político conhecido por sua
força e consistência
política enfraquecer-se de
tal modo que seus falsetes denunciam: não se consegue sustentar nem
a voz.
Coluna Política // Por Pierre Logan
Advogado, Bacharel em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas. Formado em Filosofia, é licenciado pela Universidade Cruzeiro do Sul, Pós-graduando em Direito Processual Civil pela Escola Paulista de Direito. Filósofo. Membro do Seminário de Filosofia de Olavo de Carvalho, da comissão de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil e Jovem Advocacia de São Paulo.
Coluna Política // Por Pierre Logan
Advogado, Bacharel em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas. Formado em Filosofia, é licenciado pela Universidade Cruzeiro do Sul, Pós-graduando em Direito Processual Civil pela Escola Paulista de Direito. Filósofo. Membro do Seminário de Filosofia de Olavo de Carvalho, da comissão de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil e Jovem Advocacia de São Paulo.
Contato:
movimentoculturaloficial@gmail.com
pierreloganoficial@gmail.com
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