PANELAS: UM HOSPITAL QUE MATA?
Existem boatos que circulam pela cidade sobre os motivos que fizeram com que eu organizasse o grupo intitulado Movimento Cultural. Cada ...

https://www.panelaspernambuco.com/2019/11/panelas-um-hospital-que-mata.html
Existem
boatos que circulam pela cidade sobre os motivos que fizeram com que
eu organizasse o grupo intitulado Movimento Cultural. Cada um,
buscando o reflexo de si mesmo, entende o que quer e poucos,
inteligentes, têm a humildade de perguntar. Poucos sabem que eu
passei pelo Projeto Renasce uma Esperança, passei pelo programa da
Emergência (limpando mato), Agente Jovem, Valorização Humana e até
fui contratado pela prefeitura. Sim, eu vivi na pele cada fase do
atraso panelense. Cuspindo no prato que comeu? Não! Gente como eu, e
como muitos do nosso povo, não poderia cuspir no prato que comeu
porque não tinha prato e nem lugar na mesa. O governo sergianista
alimentou o povo com migalhas em todos os sentidos.
Tenho
ouvido muitas reclamações sobre a saúde no município. O
secretário de saúde, Aurélio, foi meu professor de geografia
durante o ensino médio. Foi um bom professor. Não sei quais as
especializações que ele fez, porém, se fez, não aprendeu muita
coisa na área da saúde. Aliás, ele não é secretário da saúde,
é secretário do secretário de governo, que na verdade não é
secretário, é prefeito de fato, que substitui a prefeita que não é
prefeita de fato. É um pouco complicado para quem não é panelense,
mas quem é da cidade sabe do que estou falando. É um jogo de
aparência. Uma administração pública que não está no mundo
real, mas no mundo pequeno da pequenez dos que fazem parte dela.
Hoje
publiquei um vídeo feito por uma cidadã em que ela mostra várias
cartelas de remédios jogadas no meio de pedras, onde aparentemente
tentaram incinerar, porém até nisso fracassaram, e acabaram
deixando expostos para qualquer criança pegar e ingerir.
Recentemente
um rapaz da zona rural se envolveu numa confusão e acabou levando
uma pancada na cabeça. Um amigo da vítima disse que ele foi
encaminhado para o hospital de Panelas, horas depois foi transferido
para Caruaru, salvo engano, onde faleceu. Traumatismo craniano.
Hoje,
11/11/2019, a médica faltou, segundo denúncias de alguns cidadãos,
outro dia uma cidadã me comunicou que seu pai doente foi enviado
para casa, não aguentou, buscou socorro em outra cidade, precisou de
ambulância e a informação da responsável de plantão foi que: “se
deu entrada em outro hospital, então, o hospital panelense não tem
obrigação de enviar ambulância”. A moça teve que passar a noite
em Caruaru. No outro dia, milagrosamente, o hospital de Panelas
enviou uma ambulância… estranho.
Obviamente,
qualquer funcionário que se sentir atacado com essas informações
pode, num surto absurdo de partidarismo, inconscientemente
defendendo-se de um ataque que acredite ter sido dirigido a ele,
ainda que não tenha sido, dizer que tudo isso é mentira. Que é um
paraíso onde as pessoas são bem tratadas, nunca falta médico e as
pessoas não sofrem. Então, vamos voltar a um dos motivos (um dos)
da criação do Movimento Cultural e porquê o título do artigo é
“um hospital que mata”.
A
maioria da cidade conhece minha história de vida. Nascido no Jundiá,
família dividida desde cedo, morei na rua, acabei sendo criado por
um tio deficiente. Diniz Torres, tinha apenas um braço e me criou
como se fosse seu filho. Ele era apaixonado pelo ex-prefeito, Sérgio
Miranda, como eu, na época, também era. Adoeceu, como havia cuidado
de mim na infância, eu cuidei dele na sua velhice. Trocava fralda,
dava banho, alimentava etc. Um dia ele adoeceu, o levei até o
hospital, o médico, enfermeiro, sei lá, não o examinou, deu
qualquer remédio e depois mandou para casa. Eu era muito burro na
época para entender o que estava acontecendo (era um sergianista
descerebrado). Em casa piorou. Levei novamente para o hospital. Deram
injeções sem fazer exames, remédios sem exames, soro, enfim,
qualquer coisa menos exames e mandaram para casa. Eu me lembro das
condições do hospital na época (péssimas), mas eu às negava (era
um sergianista). Alguns dias depois de ser mandado para casa, o único
pai de criação que eu conhecia na vida, morreu nos meus braços.
Histórias
parecidas com essa são repetidas ano após ano. Eu poderia acreditar
que talvez tivesse sido um caso isolado, mas como falei; eu passei
pelo Projeto, pela Emergência, pelo Agente Jovem, pela Valorização
Humana, pela contratação temporária. Conheço todo o sistema, pois
passei por todas as fases. Minha vida só teve melhora depois que
rompi o ciclo sergianista de retroalimentação da desgraça. Depois
que sofri para entender que o mundo não começa, mas termina em
Panelas para muitas vidas, inclusive, essas apaixonadas por uma
figura irresponsável percebi o erro cometido. A administração da
época foi irresponsável, o secretário da época foi irresponsável,
o médico (se era um médico) foi irresponsável, eu fui
irresponsável. Hoje eu me responsabilizo pelo que faço, digo e sei,
e é somente por isso que vejo a necessidade de ser mais preciso com
o título: hospital não mata pessoas, irresponsabilidade de pessoas
é que matam pessoas.
Coluna Política // Por Pierre Logan
Advogado, Bacharel em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas. Formado em Filosofia, é licenciado pela Universidade Cruzeiro do Sul, Pós-graduando em Direito Processual Civil pela Escola Paulista de Direito. Filósofo. Membro do Seminário de Filosofia de Olavo de Carvalho, da comissão de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil e Jovem Advocacia de São Paulo.
Coluna Política // Por Pierre Logan
Advogado, Bacharel em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas. Formado em Filosofia, é licenciado pela Universidade Cruzeiro do Sul, Pós-graduando em Direito Processual Civil pela Escola Paulista de Direito. Filósofo. Membro do Seminário de Filosofia de Olavo de Carvalho, da comissão de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil e Jovem Advocacia de São Paulo.
Contato:
movimentoculturaloficial@gmail.com
pierreloganoficial@gmail.com
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