Que a oposição não tem liderança é fato notório. Que os ditos “lideres da oposição” desaparecem quando não estamos em campanha eleitoral ...
Que a oposição não tem liderança é
fato notório. Que os ditos “lideres da oposição” desaparecem
quando não estamos em campanha eleitoral é mais notório ainda.
Lourinho apareceu subitamente na rádio Agreste FM, de Cupira,
portanto, inapropriadamente para dizer que é pré-candidato. É
sempre bom lembrar que a última vez que essa figura apareceu
publicamente no município foi amarrado no saco de Paulo Câmara. Ai!
Que preguiça, de Lourinho! Ele só aparece em época de eleição e
isso é algo tão notório quanto as duas primeiras orações deste
texto. Alguns dizem que ele já voltou até a receitar no município
(provavelmente boato). E de repente, ou nem tão de repente assim,
apareceu Osmar dizendo que é pré-candidato também. Será que a
oposição se dividiu?
A oposição passa dois anos dividida,
perde as eleições municipais, se separa novamente e depois se junta
mais uma vez para tentar a sorte nas eleições estaduais. É sempre
o mesmo erro e o resultado sempre volta com o mesmo gosto, cor e
forma. Alguns vão achar que Osmar é uma piada. Outros vão tentar
diminuir ele por não ter estudo, não saber falar direito ou até
mesmo por ser rapaz jovem etc. Isso, claro, devem ser críticas da
própria oposição, pois a situação não tem direito de tecer
essas críticas, afinal, elegeu Joelma Duarte, que precisou de curso
superior e especialização para falar pior do que o Osmar. Lourinho
até fala melhorzinho, mas aprendi com minha experiência que o
importante não é Osmar, Joelma ou Lourinho falar certo ou errado, o
importante é viver aquilo que se fala. Joelma é um fake produzido
pelo ex-prefeito, Lourinho é um fake eleitoral e Osmar deve estar
cansado de ver as coisas não mudarem. A questão aqui é outra.
A questão central é a divisão da
oposição. Lourinho pode não largar o osso para ninguém. Nunca
largou, nunca evoluiu como político, logo, vai se candidatar
novamente ignorando o sentimento de grupo que ele diz ter (não vive
o que fala). Lourinho é acusado pelos seus próprios ex-amigos de
não cumprir um acordo escrito. É pior do que não se viver o que
fala, é não cumprir acordo escrito. Se bem que seus acusadores
nunca apresentaram esse documento. Quem acusa tem que provar! Se eu
perguntar onde está o “trabalho prestado” por Lourinho durante
os últimos anos; vão generalizar as assistências e não
vão dizer nada porque não há o que ser dito. Lourinho abandonou
seus eleitores. Os seus eleitores abandonaram a si mesmos quando
optaram por votar em alguém fraco, demagogo e, somente de vez em
quando, oportunista.
Mas e o serviço prestado por Osmar?
Bem, quem vocês acham que era o Osmar que filmava aquele vídeo que
eu denunciei a poluição do falecido açude Manuel Miranda? Sim, é
ele mesmo. Quem vocês acham que estava no carro e filmou quando eu
fechei a rua, subi no carro e chamei todos os vereadores de
empregados? Isso mesmo, Osmar!
Não vamos mentir, não é Osmar? Você
estava morrendo de medo no dia em que eu, de surpresa, disse que
fecharia a rua, subiria no carro e falaria verdades. Avisei que
poderia ser preso, agredido ou até morto. Osmar tentou me dissuadir,
dizendo que era bom pensar melhor. Eu não disse mais nada. Fechei a
rua, subi no carro e ele fez a parte dele. Então eu não poderia
criticá-lo por se candidatar e tentar ser prefeito. Ele cumpriu seu
papel naquele momento e agora quer seguir seu caminho com a política.
Se ele tem competência ou não é outra história, mas entre
qualquer um e Lourinho, então, qualquer um, inclusive, da situação.
Não estou dizendo que Osmar deve ser
eleito ou que devido a essas atitudes merece o seu ou o meu voto,
estou dizendo que ele fez algo, como muitos panelenses fazem todos os
dias. Osmar é um dos muitos panelenses cansados com a política
atual de “qualquer anta ganha de Lourinho”. Ele será chamado de
doido, mas sabemos o que essa palavra significa numa terra de
políticos medrosos, hipócritas, ressentidos, covardes e metidos a
besta. Lourinho, para mim, não é uma opção. Não tenham medo do
novo. Seja Osmar, seja outro cidadão. Não temam o novo porque é
inútil. A natureza sacrifica o velho em favor do novo e é por isso
que Belchior manda todos rejuvenescerem.
Sempre chamarão o fato novo de
loucura. Chamaram-me de doido porque eu queria fazer um filme contra
as drogas no município. Eu gravei. Chamaram-me de doido porque eu
queria fazer uma banda de rock. Eu fiz. Disseram que era loucura
gravar um disco de rock. Eu gravei dois. Disseram que eu não
venderia esses discos. Vendi todos. Disseram que filho de pobre não
tem chance. Eu me formei em direito em uma das melhores faculdades de
São Paulo. Disseram filosofia é pura loucura. Formei-me em
filosofia com honras. Disseram que eu sequer conseguiria ser aprovado
na prova da Ordem dos Advogados do Brasil quando terminasse o curso
de direito. Eu fui aprovado antes mesmo de terminar o curso de
direito. Disseram que eu teria que trabalhar “pros outros”. Abri
meu próprio escritório de advocacia. Estou muito bem, obrigado!
Osmar não é Pierre Logan e Pierre Logan não é Osmar. Eu acho a
atitude dele precipitada, mas não acho que seja loucura e meu
conselho para ele é o mesmo que Fernando Pessoa deu a mim: “Siga
seu caminho, plante suas flores, arme suas rosas; o resto é sombras
de árvores alheias”.
Coluna Política // Por Pierre Logan é
Advogado, Bacharel em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas. Formado em Filosofia, é licenciado pela Universidade Cruzeiro do Sul, Pós-graduando em Direito Processual Civil pela Escola Paulista de Direito. Filósofo. Membro do Seminário de Filosofia - Olavo de Carvalho e da Jovem Advocacia de São Paulo. Faz parte do Sindicato dos Compositores e intérpretes do Estado de São Paulo, também é comentarista político na Trianon AM 740 e colunista do Jornal SP em notícias.
movimentoculturaloficial@gmail.com
pierreloganoficial@gmail.com
A OPOSIÇÃO COMEÇA A SE DIVIDIR?