DESGOVERNO DE PANELAS ATRASA O MIRANTE
Nada me surpreende mais no município. Não adianta quão grande seja o escândalo. Não importa o tamanho da bobagem que a prefeita-acerola (...

https://www.panelaspernambuco.com/2018/10/desgoverno-de-panelas-atrasa-o-mirante.html
Nada me surpreende mais no
município. Não adianta quão grande seja o escândalo. Não importa o tamanho da
bobagem que a prefeita-acerola (uma acerola vale por mais de vinte laranjas)
tenha dito, nem mesmo os discursos fétidos do ‘coiso’ com sua já costumeira e
idiotizada contradição. Quando me enviaram fotos e disseram que a cruz do
mirante da serra da bica estava com suas obras paradas eu não duvidei e para
ser sincero nem me surpreendi. Eu pedi fotos apenas para me antecipar aos
espasmos mecanizados, tediosos e descerebrados de certos sergianistas. Se a
quantidade de pessoas que saíram às ruas para defender candidatos saíssem para
cobrar direitos do cidadão e deveres do Estado, nossa sociedade seria muito mais
evoluída. O problema é que se gasta muita energia e tempo com coisas inúteis.
No dia 05/12/2017 a cruz e acapela do alto da serra da bica foram encontradas destruídas. Depois se
descobriu que havia sido um jovem com transtornos psicológicos que acabou surtando
e terminando de quebrar o que o desgoverno panelense já havia destruído com sua
falta de atenção e cuidado. Assim que soube do ocorrido, Joelma Duarte fez a
segunda coisa que mais sabe fazer que é aparecer em foto até receber “ordem de
seu superior”. Subiu a serra foi fotografada, prometeu resolver rápido e fazer
uma grande obra. Foi a rádio, prometeu, desconversou e fez a primeira coisa que
sabe fazer melhor: passar vergonha.
No dia 22/01/2018, portanto
mais de um mês depois, tudo ainda estava como sempre esteve, mesmo antes das
marretadas, abandonado. Para quem diz que não estava, basta olhar para as fotos
do mesmo dia que tudo foi encontrado aos pedaços, estava cheio de mato e sem
pintura recente. Enfim, mais de um mês e tudo ainda estava lá, no chão. Escrevi
naquela ocasião um artigo que chamei de “o cruzeiro ainda está em pedaços” onde
deixei claro que Panelas já tinha sua cruz, e que a cruz de Panelas é seu
próprio governo.
Os vereadores de todos os
lados (inclusive os de “oposição”) não se manifestaram. Nem os sergianistas
mais convictos disseram nada e nem a sumida “oposição” se manifestou. Nesse
último caso não fariam mesmo, até porque só aparecem em campanhas eleitorais e
depois somem. O silêncio foi ensurdecedor. O tempo passou e não se ouvia nada, além
de boatos, sobre o assunto. A prefeitura completamente opaca e sua gestão
sofrendo com excesso de pusilanimidade demonstrava tanta energia e pressa
quanto um bicho-preguiça.
Passaram-se mais alguns meses e
depois de muitas cobranças a prefeitura se manifestou principalmente por meio
de seus puxa-sacos. Gente sem o mínimo de preparo no básico, do básico, do
básico e o processo do concurso público demonstrou muito bem isso, dizendo que
a obra estava atrasada por causa do processo de licitação que demorava. Foi aí
que no dia 31/03/2018 escrevi outro artigo, que intitulei “Cruzeiro no chão e mentiras no ar” para mostrar, me baseando na lei 8666/93 (Lei das Licitações) e
desmentindo aquele argumento sergianista, pois pelo provável valor da obra
poderia ser feito por meio de carta convite e que o certame poderia ser
concluído em uma ou duas semanas no máximo. Aqueles tapados de cabresto, contratados
temporariamente, sem mérito, para venderem seu silêncio, sua razão e sua
dignidade costumam me tachar de maluco etc. Quando essa “normalidade” deles é
que é a verdadeira doença. Mesmo depois de mostrar a lei, argumentos,
fundamentos etc., etc., etc., eles não aceitam a verdade porque não estão
defendendo ideias, nem princípios, nem desenvolvimento. Estão lutando pela
sobrevivência deles. E num mundo meritocrático, grande parte dos sergianistas
estariam em posições bem diferentes.
Hoje, devida a incomensurável
incompetência, a obediência canina, a omissão doentia e antidemocrática do
povo, do poder público, dos fiscais do legislativo, as obras do cruzeiro
panelense estão paradas. Quando o desgoverno é opaco, ou seja, quando não tem
transparência nenhuma, os boatos ocupam o lugar da informação e, nesse caso uns
dizem que as obras estão paradas por falta de pagamento, tem até áudio circulando
com supostas vozes dos trabalhadores que estavam reformando tudo. Outros acham
que é só a obediência da máxima maquiavélica, mas o fato da Semana Santa, do
Festival de Jericos, do aniversário da cidade terem passado com tudo ainda no
chão não causou tanto incomodo nas autoridades políticas, nas lideranças
sociais e nem mesmo a Igreja Católica repudiou publicamente ou oficialmente o
descaso.
Os intelectuais panelense não
se apresentam. Os artistas são covardes, autômatos seguidores de modinhas, vendidos
ou tidos como oposição (este último é o caso dos bons artistas). Os
professores, lamentavelmente e em sua maioria só se manifestam dentro do
pequeníssimo universo escolar (com muito cuidado) e fora só se sensibilizam com
questões salariais. Com os vereadores de oposição não se conta e os de situação
são cumplices, fracos, obtusos ou interesseiros em grande parte. O presidente
da Câmara tem capacidade, tem traquejo, tem como, mas sinceramente eu não sei o
que faz com que esse cara, Genilson Lucena, fique do lado de Sérgio Miranda,
Joelma Duarte, Ruben (esse é um inútil), Weliton & Cia. Eu ainda estou para
descobrir se Genilson é muito leal, muito covarde ou ainda não entendeu que
estão atropelando a brilhante carreira que ele teria se estivesse do lado
certo.
As obras pararam novamente. A prefeitura de Panelas é um
trator passando por cima de sonhos, planos e vidas de pessoas inocentes. O
desgoverno panelense é uma cruz nas costas de cada cidadão de bem da cidade. O
sergianismo é uma doença que corrói e destrói educação, saúde, desvirtua
valores, empobrece pessoas, desrespeita princípios. Nunca é demais lembrar que
a prefeitura foi uma das investigadas na operação cosa nostra da Polícia
Federal, que Sérgio teve várias recomendações de rejeição de contas, foi
condenado por burlar licitação pelo Ministério Público Federal, que já tivemos
fantasmas na câmara na gestão de Weliton, que o concurso público foi mais uma
vez interrompido por maldade, confissão provada de incompetência e que Panelas
continua sendo uma terra cheia de árvores, pessoas carentes de tudo e gente
dizendo adeus.
Coluna Política // Por Pierre Logan
Advogado, Bacharel em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas. Pós-graduando em Direito Processual Civil pela Escola Paulista de Direito. Filósofo e licenciando em filosofia. Membro do Seminário de Filosofia - Olavo de Carvalho e da Jovem Advocacia de São Paulo. Compositor, gravou no final de 2015 o disco Crônicas de Um Mundo Moderno. Atualmente também é comentarista político na Trianon AM 740 e colunista do Jornal SP em notícias. Contato: movimentoculturalpanelense@gmail.com ou pierreloganoficial@gmail.com