A HISTÉRICA JOELMA DUARTE
Durante o festival nacional de jericos é normal “tomar uma”, perder a noção da realidade (se bem que “noção da realidade” é uma coisa q...

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Durante o festival nacional de
jericos é normal “tomar uma”, perder a noção da realidade (se bem que “noção da
realidade” é uma coisa que o panelense já não tem o ano inteiro), mas; nos
períodos festivos, é mais do que o normal ficarmos mais alegres e pagarmos algum
mico. Lembre-se sempre, amigo leitor, uma coisa é um cidadão “perder a linha”,
outra coisa é a “representante” máxima de um povo ter um ataque de epilepsia
voluntário no meio de uma festa, somente porque o jegue de Sérgio Miranda
estava passando. Acreditem ou não, se é que não viram ainda, foi exatamente o
que aconteceu.
Eu estava trabalhando
tranquilamente, na ilusão de quem pensa que já viu de tudo, quando recebi
algumas mensagens de panelenses envergonhados com a postura da prefeita de
direito, Joelma Duarte (PSB). Como toda vez que ela aparece faz o povo passar
vergonha, eu nem estranhei. Achei que era mais uma daquelas aparições que a
prefeita parece um indivíduo absolutamente incapaz (deixando a curatela para o
ex-prefeito). Ignorei completamente os pedidos de manifestação. Até que uma
moça me enviou o bendito vídeo. Juro eu que, na solidão do meu escritório, na
proteção das persianas prateadas, longe do olhar de qualquer outro ser humano;
fiquei com vergonha! Tive que assistir mais de uma vez para aceitar que um
representante eleito que tenha mais de dois neurônios saia do controle daquele
jeito. Só me acalmei quando percebi que quem tem mais de dois neurônios não
faria uma coisa daquela. Estava explicado.
Sérgio Miranda, doravante “o
coisa” (ninguém assume o que ele é da cidade) foi homenageado por meia dúzia de
puxa-sacos. A prefeita vestiu-se com roupas estampadas com a foto do indivíduo.
Sim, algumas outras pessoas vestiram-se também, mas isso é um problema delas.
Quando um cidadão homenageia quem quer que seja, é um problema exclusivamente
dele, algo particular, mas quando é uma prefeita eleita o problema é de todos,
pois torna-se algo que afeta a moralidade do coletivo, torna-se algo público. É
uma questão ética. Quando uma prefeita é eleita, ela não representa somente as
pessoas que votaram nela, ela representa todos os cidadãos do município,
inclusive, os que não votaram em ninguém. Isso é democracia.
Aprendam isso de uma vez por
todas: você de oposição tem os mesmos direitos, deveres, garantias etc., que
qualquer outro cidadão. Acabem com essa mania de achar que um puxa-saco
sergianista tem mais direitos que o cidadão de bem. Conheça seus direitos e
exija-os! Chame a polícia, vá ao juiz, ao tribunal ao Supremo Tribunal se for
preciso. Vá até as últimas instâncias combativas para fazer valer seu direito.
Gaste até seu último centavo com isso, pois antes de você ter esse direito,
muitos deram a vida para que você o tivesse. Quem não luta pelos seus direitos
não é digno de tê-los.
Mas, voltando a histeria
pública de mamulengo, com essa dança epilética de animador de torcida de jegue,
a prefeita do município, ofendeu não só a os que ainda tem um pouco de bom senso,
ela envergonhou a todos os animais ali presentes. Foi a cena mais patética e
ridícula que já tivemos o desprazer de registrar no universo político de
Panelas. A prefeita de direito, se debatendo ao lado de palhaços, jegues e
idiotas úteis. Cada um fazendo seu papel, com exceção da prefeita, é claro. Os
palhaços, observem no vídeo, certa hora ficaram perdidos, pois se a prefeita
fazia o papel deles, deveriam eles fazerem o papel de prefeita? Terrível. A que
ponto nós chegamos... Eu digo “nós” porque Joelma representa toda população. Goste
você ou não disso, com aquele ataque de tremulação festiva epilética, ela
estava dizendo “é assim que o povo age, é assim que ele pensa, é assim que ele
é”. Que a prefeita conseguisse descer ao subsolo do ridículo eu nunca duvidei,
mas que fizesse isso em público, olha foi revelador. O engraçado é a cara da plateia
que, filma, aplaude, mas não consegue esconder o sorriso de vergonha do rosto.
Alguns até olham para trás para ver se mais alguém está, pelo menos,
aparentemente, aprovando aquilo. Inacreditável.
Além do mais, se o homenageado
fosse um artista, um poeta, alguém que tivesse, pelo menos, algo admirável, mas
a foto estampada nas camisas era do ex-prefeito, Sérgio Miranda, que fez o
maior rombo da história da previdência municipal, que aplicou menos que o
mínimo exigido na saúde, na educação, que negou direito aos professores, que
foi acusado de burlar licitações, que desgovernou o município e ficou rico enquanto
prefeito (faça as contas e veja se é possível) e que, através da maneira mais
baixa de dominação aprisionou o povo no jogo da necessidade.
O homenageado não foi alguém
que priorizou a independência do povo, mas alguém que ficou no poder por quase
duas décadas e não fez um único concurso público. O déspota que nunca sofreu
oposição de verdade, que mente abertamente, que engana, que despreza. O mesmo
cara que, ainda na década de noventa, escreve que Panelas sofria com a seca, e
vinte anos depois, mesmo depois de receber recursos, mais recursos, mais
recursos embarga as obras que organizaria a nossa barragem, não resolve o
problema da seca e na última confissão de dependência, puxa água do vizinho que
é obrigado a sustentar a si próprio e a nosso município. E, passa ainda a conta
para o povo.
O homenageado, “o ícone”, o
coisa, teve recomendação de rejeição de praticamente todas as contas de seus antigos
desgovernos, quase todas pela mesma razão: não aplicação do mínimo exigido pela
constituição no desenvolvimento do ensino básico, não aplicação do mínimo em
saúde, FUNDEF, FUNDEB, PANELAS/PREV, já foi notificado pelo Ministério Público
por não realizar concurso público. O ministério público praticamente disse que
a não realização era para manter o curral eleitoral sob rédeas curtas.
“O coisa” foi um exemplo de
tudo o que um cidadão descente não deve ser. Fez de panelas uma cidade repleta
de indivíduos descerebrados, incautos e subservientes. Num país em que os
políticos são cada vez mais odiados, nossa cidade tem, como representante
máxima, no poder executivo, uma professora que nunca conseguiu se educar. Não
fala com o mínimo de domínio da língua portuguesa (não é questão de variação
linguística, é limitação cultural mesmo). No fantástico mundo de Joelma Duarte,
não há lugar para outra coisa que não seja agradar o ex-prefeito, e nada é mais
do agrado do Coisa que o povo dominado, omisso, silente, subserviente e pobre
de cultura, de dinheiro e, preferencialmente, de espírito. Foi o comportamento
mais reprovável que se pode contemplar numa figura pública. Agora, os vizinhos
do nosso município já podem rir ainda mais de nossa cidade e dizer que a
prefeita de Panelas além de ser incapaz, incompetente e incauta é também
histérica. Pobre de nós panelenses...
Coluna Política // Por Pierre Logan
Formando em Direito, Licenciando em filosofia, possui formação em Direito Eleitoral, Administrativo, Fundamentos do Direito Público, Ciência Política e Teoria Geral do Estado. Compositor, gravou no final de 2015 o disco Crônicas de Um Mundo Moderno. Atualmente atua na área jurídica e também é colunista do Jornal SP em notícias. Contato: movimentoculturalpanelense@gmail.com ou pierreloganoficial@gmail.com