A Vila de Cruzes

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Costuma celebrar nossa gente com tradição, São João, Maratona, Festa de Nossa Senhora da Conceição, dois extremos que vai do sagrado ao profano em meio tempo de segundo, enfim, o que atrai e agrada tantas pessoas que passam por aqui é a vida que seu povo toca com calma, sem pressa de um futuro promissor ou de um presente desenfreado, habita belezas naturais como o tal Buraco-Fundo, que poucos conhecem não dão valor, mais deixe pra lá, o que importa é que existe, trás consigo histórias de vida de quem perdeu e de quem ganhou, quem chorou ou quem sorriu, mas isso ainda não importa o que importa é que são vidas.
Humanamente falando, quem sabe o futuro que outrora era dado como certo? Os palpites não são mais os mesmos, a vida mudou, só não mudou uma coisa, o jeito de viver, nas encruzilhadas da vida encontramos muitas coisas, perdemos outras tantas, mas vivemos, e são essas vidas que fazem de Cruzes o que ela é, aspirante a futura cidade pernambucana, quem sabe? E no encontro dessas vidas e de tantas histórias, vivemos num lugar privilegiado, onde o furor das cidades grandes anda a dez léguas de distância, o ar ainda é limpo, as crianças ainda brincam soltas nas ruas, e as pessoas jogam conversa fora nas calçadas e bares da vida.
Ainda assim temos algo de diferente, algo que nos toca, que nos emociona quando falamos de nossa casa, de um irmão que mora longe, de um amigo que se foi, de algo que se perdeu no tempo, algo que não sabemos explicar apenas sentir, somos pequenos, mas em nossa simplicidade fazemos a diferença, não pra humilhar, pra “maltratar”, pra excluir, pra rejeitar, mas porque somos diferentes, agimos diferente, vivemos diferente, com simplicidade, com conquistas simples como o épico time do Cruzeiro, nos deu glórias pouco comemoradas, títulos não tão valiosos quem por acaso sabe o que é o torneio da Primavera? Ninguém suponho mas que foi vivido com emoção pelos jogadores e por quem viu, que se contássemos a outros não valeriam de nada, só quem vive no calor desse lugar sabe descrever algo mágico que acontece mesmo que na calada da noite, onde todos repousam para mais um dia, um dia que promete ainda mais que ontem, um dia para cada um carregar suas próprias Cruzes.
Autor do texto: Cleberson Carlos Barbosa
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